sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Algumas Perguntas e Respostas sobre Exercícios Físicos em Jejum


É aconselhável realizar atividades físicas em jejum? Em quais situações?
Realizar aeróbico antes do café da manhã é uma prática muito comum entre esportistas, com intuito de queimar mais gordura corporal. Mas, cuidado! Ela não é aconselhável para todas pessoas e todas as modalidades de exercícios. Aliás, para a maioria dos indivíduos ela não proporcionará resultados tão bons.

Podemos fazer atividade aeróbica em jejum?
Bill Phillips foi um dos primeiros a falar sobre o assunto, em 1999, no best seller Body for Life. No seu livro, ele defende a teoria de que exercícios aeróbicos em jejum maximizam a queima de gordura corporal. Porém, estudiosos atualmente têm percebido que isto não funciona para todo tipo de pessoas, e pode até catabolizar (queimar) massa muscular.
Para saber o que é melhor para o seu caso, converse com um educador físico e um nutricionista que conheçam seu histórico e entendam seu metabolismo.

Atividade física em jejum não é prejudicial?
Conforme o tipo de treinamento, sem orientação, pode provocar tontura devido hipoglicemia. E não é indicado para quem deseja aumentar massa, exercícios que focam no trabalho muscular e treinos aeróbicos de alta intensidade.

Qual o objetivo de se fazer atividade em jejum? Queima-se mais gordura?

O raciocínio dos defensores desta ideia é o seguinte: ficar várias horas sem comer ocasiona uma redução da glicose (açúcar) no sangue, fazendo com que os níveis de glicogênio (estoque de carboidrato) caiam. Com isto, o corpo não tem alternativa que não seja liberar ácidos graxos (gordura) na corrente sanguínea, utilizando, então, mais gordura como combustível para o treino.
Agora, atenção! O que adianta queimar um pouco mais de gordura durante o exercício, se a partir de uma hora após o término você estará queimando muito mais glicose e poupando a gordura?

Em outras palavras:

A quantidade de ácidos graxos (gorduras) liberados durante o aeróbico em jejum excede a capacidade do organismo em utilizá-los naquele momento. Assim, eles são “reembalados” nos triglicerídeos e voltam para a célula. Realizar exercícios alimentado faz com que o corpo utilize mais carboidrato (proveniente dos alimentos) na hora, mas queimará muito mais gordura após o término.

A atividade em jejum depende da intensidade do exercício?

Realizar exercícios aeróbicos de alta intensidade em jejum queima menos gordura do que se forem executados alimentado, pelos motivos já citados acima. Com relação aos exercícios de baixa intensidade, estudos mostram que utilizam a mesma quantidade de gordura do que se o indivíduo tiver comido antes. Ou seja, se for fazer aeróbico em jejum, é melhor que seja de baixa intensidade.

Podemos fazer musculação em jejum?

Nunca. Musculação em jejum não fará você aumentar ou definir a musculatura, bem pelo contrário, degrada os músculos e estoca gordura nos pneuzinhos

Para aquelas pessoas que acordam e querem logo fazer musculação (cerca de 15 minutos antes do treino), o que elas devem comer?

O ideal é alimentar-se de 1 hora a 2 horas antes do treino de musculação, mas nem sempre isto é possível. Algumas pessoas treinam muito cedo. Neste caso, deve-se consumir antes um carboidrato de médio índice glicêmico (velocidade de absorção moderada), como a aveia ou um mix de cereais, e uma proteína que pode ser isolada ou concentrada (Whey Protein).

E quem acorda e quer logo correr ou fazer outra atividade aeróbica, deve comer que tipos de alimentos?

As orientações para os praticantes de musculação também são válidas aqui, porém o carboidrato pode ser fornecido em menor quantidade, e, no lugar da proteína, podem ser administrados aminoácidos que evitam a degradação muscular.

SUPERDICA da nutri

Se você está pensando em começar a mudar sua vida e fazer uma tranformação no seu shape, entrar numa academia e cuidar a alimentação, deve fazer exercícios bem alimentado, desta forma os resultados são garantidos.
E, se quiser inovar, o segredo do sucesso está em sempre modificar sua dieta, a cada 30 ou 45 dias, desta forma o corpo não “acostuma” com a rotina alimentar e estará sempre queimando gorduras.



Danielle Milhão 
Nutricionista

Perguntas Frequentes sobre exercícios em Jejum

Aeróbico em JEJUM

 CONCEITOS FISIOLÓGICOS

 Guardem, por enquanto, as seguintes informações: O que quer dizer em termos práticos, TER UMA ÓTIMA CONDIÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA (ou resistência aeróbia, como queiram)? Uns me responderiam, ahhh… é a máxima capacidade que temos em captar, transportar e utilizar o oxigênio! Dãããã, caramba, eu perguntei em TERMOS PRÁTICOS e não a definição de VO2max!
Em termos práticos, quer dizer apenas que você tem uma tremenda CAPACIDADE EM UTILIZAR A GORDURA para conversão em energia utilizável, para o trabalho muscular. Ou seja, à medida que você se condiciona aerobiamente, seu organismo se torna mais e mais eficiente na MOBILIZAÇÃO DAS GORDURAS DOS ADIPÓCITOS (células de gordura), TRANSPORTE ATÉ O FÍGADO onde estas são quebradas em ÁCIDOS GRAXOS E TRIGLICERÍDEOS, que uma vez levados para os músculos, serão ESTOCADOS para posterior utilização na CONVERSÃO DE ENERGIA para o trabalho muscular. Ao descermos ao nível celular, uma célula muscular bem treinada aerobiamente tem suas enzimas catalisadoras responsáveis pela conversão de energia aumentada. Isto as torna mais eficazes na produção de energia pela via aeróbia, quando solicitada.
Nosso cérebro só funciona à base de glicose! Ao acordarmos, estamos vindo de um longo período sem ingestão de alimentos (6 a 10 horas) e encontramos nossa glicose sanguínea próxima a níveis mínimos. Isso gera uma necessidade imediata de um café da manhãenergético de modo a recompor os níveis de glicose circulante.
Um indivíduo bem treinado, tanto na musculação quanto aerobiamente, com bom padrão dietético, é capaz de manter mais altos seus estoques de glicogênio hepático e intramuscular (mais nas fibras rápidas e intermediárias e menos nas lentas) e como já dissemos de ácidos graxos e triglicerídeos (mais nas fibras lentas e menos nas intermediárias e rápidas).

 JUSTIFICATIVA PARA A AEROBIOSE EM JEJUM

 Nosso organismo tende sempre a se manter num ESTADO DE EQUILÍBRIO (a chamada HOMEOSTASE), adaptando-se rapidamente às demandas que impomos sobre este, procurando sempre se economizar ao máximo. Este fato fisiológico gerou uma máxima que diz que: QUANTO MAIS TREINADO SE É, MENOS TREINÁVEL SE TORNA. Essa máxima é especialmente verdadeira para pessoas muito condicionadas, especialmente o(a)s atletas de fisiculturismo que vivem e respiram um ESTILO DE VIDA muito particular, em termos de dedicação ao treinamento, alimentação e repouso. Estes, mais que qualquer outro, estão sempre buscando formas de otimizar seus treinamentos bem como não deixar que seus organismos entrem em HOMEOSTASE, bloqueando sua evolução física. Essa eterna buscada quebra da HOMEOSTASE passa por diferentes estratégias dietéticas, seja oscilando a ingestão proteica ou calórica total ao longo do dia, da semana, etc. Da mesma forma também, através da utilização de diferentes estratégias de treinamento, tanto muscular quanto cardiorrespiratório. Tudo isso, em função de uma busca incessante em se manter a gordura corporal relativamente baixa, em off-season (os que fazem as coisas certas, é claro) enquanto preservam ou aumentam sua massa magra.
É sabido que a aerobiose estimula a liberação do Hormônio do Crescimento (HGH) e uma das condições orgânicas ideais para tal, é uma baixa glicose sanguínea. Além da ação anabólica do HGH (leia artigo sobre). Este também possui uma alta ação lipolítica, sendo responsável pelo metabolismo e conversão das gorduras em fonte de energia. Tal aceleração do metabolismo das gorduras se mantém, por algumas poucas horas (total variando de indivíduo para indivíduo). Essa base fisiológica é o que justificou a disseminação da ideia da aerobiose em jejum.
treino da aerobiose em jejum deve ter uma duração entre 30 – 45 minutos e numa intensidade baixa, garantindo que as gorduras sejam utilizadas como fonte primária de energia, numa faixa entre 60-70% da FCmax. Uma intensidade mais forte vai levar o organismo a utilizar a glicose que se encontra baixa o que induzirá a liberação de dois hormônios, GLUCAGON (quebrando o glicogênio hepático em forma de glicose e lançando na circulação) e o CORTISOL (produzindo glicose a partir da degradação da proteína muscular) na tentativa de aumentar a glicose circulante e, caso essa suba, vai interferir na liberação do HGH que se está pretendendo!
Mas, diferentemente do treino da musculação onde a refeição pós-treino é feita IMEDIATAMENTE após, no caso da aerobiose em jejum pode-se esperar entre 30 a 60 minutos, prolongando-se o tempo de metabolização das gorduras.
                         MAS ISTO NÃO É PARA QUALQUER UM, E ESSE SE TORNOU O PROBLEMA!
 Tendo em vista o que foi exposto acima, começamos a perceber o óbvio! Caso você tenha UM BAIXO CONDICIONAMENTO tanto em termos musculares localizados, quanto aerobiamente, pular da cama, vestir uma roupinha e sair para uma simples caminhada EM JEJUM, rapidamente esgotará os depósitos de ácidos graxos e triglicerídeos intramusculares. Seu corpo ainda não é tão rápido nos processos de mobilização das gorduras dos adipócitos e na quebra dessas no fígado em mais ácidos graxos e triglicerídeos, que deveriam ser levados aos músculos para a continuidade do trabalho e com isso, vai começar a utilizar a próxima fonte de energia disponível, A GLICOSE. Esta rapidamente será absorvida pela musculatura e usada na conversão de energia, resultado disso? SUA GLICOSE SANGUÍNEA pode descer abaixo do limite mínimo caracterizando um quadro de HIPOGLICEMIA. Tal quadro pode induzir a tonturas, náuseas, vômitos e desmaios! Sem falar numa liberação exagerada de Cortisol, induzindo a uma perda de massa e retenção hídrica! Assim sendo, até que você atinja níveis ideais de condicionamento, prefira tomar um café da manhã energético, recompondo suas reservas e vá para academia treinar o aeróbio. Comece com treinos aeróbios contínuos e à medida que vá evoluindo em condicionamento, passe para treinos aeróbios intervalados até atingir um nível ÓTIMO de condição cardiorrespiratória. Como não custa nada repetir, quanto mais bem condicionado aerobiamente você for, mais rapidamente se recuperará entre séries e mais intenso conseguirá treinar!
NÃO SE ESQUEÇA QUE ENQUANTO VOCÊ ESTIVER EM FASE DE GANHOS EM AEROBIOSE NÃO ESTARÁ NO MOMENTO IDEAL DE TREINAR A HIPERTROFIA. Você deve aproveitar esse momento para melhorar também a sua resistência de força, usando curtos intervalos de recuperação (30 a 45 segundos entre séries). Isto vai levar sua musculatura a aumentar seus depósitos de glicogênio, ácidos graxos e triglicerídeos, também nas fibras intermediárias e rápidas, CASO VOCÊ ESTEJA MANTENDO TAMBÉM UM PADRÃO DIETÉTICO ADEQUADO!
RESUMO DA ÓPERA: NÃO HÁ ATALHOS NO PROCESSO DE TREINAMENTO! NÃO ADIANTA TENTAR COLOCAR A CARROÇA NA FRENTE DOS BURROS! TUDO TEM QUE ACONTECER NA HORA CERTA E NO MOMENTO CERTO!

 Bons Treinos em Jejum e até a próxima!!!

Sobre o Autor

Eder Lima

EDER LIMA

Professor Eder é Preparador físico particular e consultor técnico de atletas de alto rendimento em diversas modalidades esportivas; Consultor para montagem, organização e normatização técnico administrativa para academias; Consultor em Coaching Corporativo; Ex-docente em cursos de graduação, extensão e pós-graduação.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Alimentação e Exercícios Físicos




Se o objetivo é perder peso ou melhorar o desempenho no exercício, os alimentos certos podem ajudar. A chave é começar com uma dieta saudável em geral. "Os melhores alimentos são os pães integrais e cereais, frutas e legumes, carnes magras e alimentos de baixo teor de gordura", disse o nutricionista Trent Watson. "Se você está incluindo todos aqueles em sua dieta diária, como uma linha de base, você estará no caminho para um bom desempenho e obterá seus melhores resultados", completou. As informações são do site Body + Soul.

Exercícios aeróbicos: se a perda de peso é seu objetivo, você pode realizar exercícios aeróbicos em jejum, logo após acordar mas, apenas se você já for um atleta ou já possui um excelente condicionamentos físico "Isso significa que você está usando gordura para o combustível de energia" e neste caso a duração dos exercícios variam de 30 a 45 minutos em uma intensidade baixa.

Mas se a intenção é melhorar tempo ou a distância, um lanche rico em carboidratos pequeno vai fornecer glicogênio para o corpo, que é uma fonte de energia mais poderosa. "Não podemos queimar gordura e proteína de forma eficiente quando estamos com 100% de intensidade", disse Watson.

Se você quer treinar intensamente por um longo período, tem que otimizar a ingestão de carboidratos. Uma hora após o exercício, opte por alimentos com carboidratos e proteínas. Watson afirmou que isso vai "repor o glicogênio e reparar os músculos que foram desgastados durante o exercício". A deficiência de ferro é um risco para mulheres corredoras de longa distância, por isso sua dieta precisa de muita carne vermelha, frango, peixe, ovos, cereais integrais e leguminosas. Omega-3, encontrado nos peixes, também é crucial para os corredores, pois a substância é anti-inflamatória. 

Musculação e pilates

  Ao se preparar para tais exercícios, é preciso equilibrar proteínas e carboidratos. "Carboidratos movem o músculo, enquanto as proteínas fornecem a estrutura", disse Watson. Se a pessoa ficar cansada durante ou após o treino, precisa proteína e um lanche de carboidratos, como frutas e iogurte.

Uma pequena quantidade de proteína imediatamente após uma sessão de musculação pode ajudar na recuperação muscular, particularmente para as mulheres. A substância ajuda a reduzir as dores no dia seguinte. "Um copo de 250 ml de leite desnatado é perfeito - ele tem uma proteína chamada leucina que aciona o gene que faz com que o tecido muscular se renove.

Exercícios de resistência

  Corredores de longa distância precisam manter a ingestão de carboidratos durante todo o treino. Os especialistas sugerem que 1g de carboidratos por quilo de peso corporal é consumido por hora.

Então, se você pesa 60 quilos, você precisa de 60 g de carboidratos por hora. "Se você encheu uma garrafa de 750 ml com uma bebida esportiva que é 8% solução de glicose, você tem cerca de 60 g de carboidratos", disse Watson.

Se você está fazendo uma longa sessão em um dia quente, como uma partida de tênis no sol, o ideal é beber duas garrafas de água gelada nos 90 minutos que antecedem o exercício. "Ela reduz sua temperatura central e achamos que um dos elementos de fadiga é um aumento da temperatura central", explicou Watson. "O pré-resfriamento diminui a temperatura do núcleo, por isso leva mais tempo para chegar a esse nível máximo e você pode continuar por mais tempo", completou. 

Yoga

  Quando se trata de yoga, devem-se evitar alimentos que provocam desconforto no estômago enquanto o corpo é retorcido. "É melhor não comer de duas a três horas antes da aula", aconselhou o professor de yoga Nikola Ellis, diretor de Adore Yoga, em Sydney, na Austrália.

"Se toda a sua energia está sendo usada para digerir alimentos pesados, é difícil obter a clareza e equilíbrio que é o objetivo do yoga", afirmou Ellis. "Para uma classe de meditação, o tipo de alimento ideal é calmante e que estimula a refrigeração. Legumes levemente cozidos é uma boa opção", afirmou. Evite proteína animal. 

Como se alimentar antes e depois de praticar exercícios

Nosso corpo é uma máquina que precisa da energia dos alimentos para se movimentar e se recuperar. Maximizar os resultados é o que realmente importa. Embora a importância do estímulo físico seja inegável, a alimentação antes e depois da atividade física é fundamental para aumentar o rendimento.

No mundo da alimentação e do esporte, não existem fórmulas mágicas. O objetivo de qualquer dieta é proporcionar energia para o desempenho máximo do indivíduo. A nutrição se baseia em três elementos, presentes nos alimentos em maior ou menor proporção: carboidratos, proteínas e gorduras. O importante é saber o que se ingerir antes e depois de cada treino.

Conheça abaixo algumas dicas de alimentação indicadas tanto para os exercícios aeróbicos como para os treinos de musculação.

Antes

No caso da musculação, é fundamental contar com uma boa base de proteínas. A quantidade depende do peso e sexo do indivíduo, e do nível de intensidade e duração do treino.

As proteínas se decompõem no organismo, originando os aminoácidos necessários para reparar e reforçar o tecido muscular. Uma boa base protéica garante um melhor desempenho e recuperação, com menos dores após o treino.

Antes do treino de musculação, a refeição deve ser composta de 25% de proteínas e 75% de carboidratos. Para aproveitar ao máximo a energia desses macro nutrientes e não se sentir “pesado”, é importante se alimentar entre uma e duas horas antes do estímulo.

Algumas combinações com bom nível de proteínas incluem:

• Omelete de claras, espinafre, cereal integral e leite desnatado ou de soja

• Shake com algum suplemento protéico, leite desnatado ou de soja, frutas de alto nível glicêmico, como abacaxi, maçã ou manga, e sementes de linhaça

• Iogurte grego (sem sabor), maçã, banana, nozes e mel

Quanto aos exercícios cardiovasculares, também conhecidos como aeróbicos, o foco está na ingestão de carboidratos. São tão importantes que devem formar entre 75% e 100% da refeição anterior ao exercício.

Os carboidratos são energia fácil: sua composição permite uma sintetização rápida da glicose (energia na célula). Para aproveitá-los ao máximo, devem ser consumidos de 30 a 60 minutos antes do início da atividade física.

Confira a seguir algumas combinações ideais para aumentar tanto o nível de açúcar no sangue como a reserva de carboidratos:

• Cereal com uva passa, nozes, leite desnatado e mel

• Ovos mexidos, pão integral e maçã

• Iogurte grego (sem sabor), maçã, banana, e cereais.

Depois

No final do treino, uma nova ingestão de proteínas é importante para reparar o tecido muscular. Calma: não é preciso se empanturrar com uma grande quantidade de alimentos. Na verdade, um shake de proteína ou uma refeição completa até duas horas depois do esforço físico são suficientes para que o corpo se recupere e não perca a energia armazenada.
Após a atividade física, você pode optar por combinações de proteínas e carboidratos, mas também é aconselhável ingerir algum alimento integral, que contenha proteínas de alto nível, vitaminas e minerais. São indicados ovos, peixe e carnes, de preferência brancas, leite semidesnatado, queijo branco e iogurte natural.
A recuperação do exercício cardiovascular enfatiza aspectos similares, mas seu diferencial está na hidratação. É fundamental repor o líquido perdido: uma boa quantidade de água serve para saciar a necessidade imediata. As bebidas esportivas apresentam um contraponto: contribuem para a recuperação, mas também contém quantidades significativas de açúcar e calorias. Uma boa opção para repor eletrólitos é a água de coco, que contém potássio e magnésio.
A energia gasta no treino aeróbico pode ser recuperada com, por exemplo, as seguintes combinações:
• Banana com amendoim e amêndoas
• Vitamina de manga, iogurte e mel
• Maçã com nozes
• Cereais frutas e legumes.

A combinação ideal

O leite achocolatado é uma das melhores opções para recuperar a energia depois de qualquer tipo de treinamento. É uma combinação ideal de carboidratos e proteínas, capaz de suprir tanto as necessidades do organismo após os estímulos musculares como cardiovasculares. Bastam 240 ml, o equivalente a um copo de tamanho médio.

 A hidratação é fundamental

A ingestão de água deve ocorrer durante todo o período de exercícios. Recomenda-se tomar cerca de meio litro até duas horas antes, pequenas quantidades periódicas durante a prática e ingerir mais água no final do treino.
A alimentação adequada e a prática de exercícios são fundamentais para um condicionamento físico pleno, mas o descanso também é fundamental. Para recuperar as forças para o próximo estímulo, é necessário dormir aproximadamente oito horas por dia, do contrário, o corpo pode não estar totalmente preparado para continuar se exercitando. Por isso, mesmo com as dificuldades da vida diária, é preciso encontrar tempo suficiente para uma boa noite de sono.

Professor Rudi
CREF nº 011912-G/SP

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Fish: a pranchinha mais divertida!



Inventadas na década de 70 para transformar o surf de pranchão no que conhecemos hoje, as Fish continuam em alta. Com bordas largas e bastante flutuação elas são o destaque em ondas pequenas, mas também caíram no gosto de quem busca o surf em sua essência!

Um novo estilo de prancha inspirado na Fish antiga tem conquistado surfistas de todo o mundo. São as fish modernas ou merrequeiras. Com um pouco mais de volume e tamanho reduzido elas são excelentes para um surf de performance em ondas pequenas.


Sobre a Prancha Fish

A primeira vista, as pranchas Fish podem parecer um pouco estranhas: mais grossas, mais largas, menores, com um bico largo e uma larga rabeta Swallow. Mas essas características que tornam as Fishs muito divertidas para ondas pequenas e mais gordas.


Tudo começou nos anos 70 com a revolução das pranchas pequenas que fizeram os surfistas reverem o que era possível de se fazer em uma prancha de Surf. Os longboards foram reduzidos, mas algumas características permaneceram, e foi ai que as Fishs biquilhas apareceram.
As Fishs têm bastante volume, menos do que os longboards (pranchões), mas muito mais do que as pranchinhas. Essa característica deixa a Fish com melhor flutuação e isso significa que a prancha corre mais para fora da água, fazendo com que a remada seja muito mais fácil e mais rápida. Resumindo, com uma fish, o surfista vai entrar em muito mais ondas do que ele entraria com uma pranchinha “comum”.

Você pode estar pensando, ok, então se a vantagem da Fish é a remada, por que não surfar com um longboard (pranchão) que tem uma remada ainda melhor? Por serem bem pequenas, as pranchas Fish, apesar do maior volume, possibilitam a realização de manobras rápidas com bastante velocidade.

Uma outra característica marcante das pranchas Fish é a velocidade que ela consegue atingir em ondas pequenas, e isso deve-se principalmente ao Rocker super pouco acentuado das Fishs, ou seja, uma prancha Fish é praticamente reta (flat) no fundo da prancha. A água move-se com mais facilidade no fundo da prancha e isso gera grande parte da velocidade característica de uma Fish. As pranchinhas “normais” já tem muito mais curvatura de fundo, o que ajuda para fazer manobras radicais, mas por outro lado deixa elas mais lentas do que as Fishs.

E o que são as Fishs modernas, Híbridas ou merrequeiras?

Na verdade, a maneira de chama-las pouco importa. Cada empresa ou shaper as chama de uma maneira diferente, e os conceitos podem variar também. Entretanto, todas elas têm algumas características das pranchas Fish, como: estabilidade, boa remada e velocidade em ondas pequenas; e também possuem alguns atributos das pranchinhas atuais, o que permite um Surf mais radical.
Uma dica interessante é você observar o volume da prancha, uma vez que uma Fish moderna / híbrida sempre vai ter mais volume do que uma pranchinha comum. Quanto mais volume tiver a sua fish moderna e quanto mais ela tiver o formato da Fish tradicional, mais ela vai performar como uma fish tradicional e menos como pranchinha de performance. Por outro, lado quanto menos volume ela tiver e mais esticada ela for, mais ela vai ter a performance de uma prancha atual e menos de uma fish tradicional.
ALOHA!
Rudi 
Surfer.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Análise da flexão da coluna durante a remada no surf




O surf é um esporte praticado por milhares de pessoas, tendo posturas características como o constante flexão da coluna que devem ser tratadas com atenção por professores, técnicos e até mesmo pelos próprios atletas a fim de amenizar os riscos de lesão e garantir uma melhor performance.



A flexão demasiada da coluna durante a remada, comumente adotada para a prática do surf, é um dos principais fatores causadores de dores na região torácica e lombar da coluna de surfistas. Esta flexão demasiada da coluna gera um desequilíbrio do centro de gravidade, gerando sobrecargas em regiões mais sensíveis como as vértebras.

Alguns estudos, como o de Steinman (2003) identificou, através de avaliações radiográficas e de ressonâncias magnéticas, que de 100 atletas analisados, em todos havia sinais evidentes de degeneração dos discos intervertebrais, artrose e eventualmente hérnias de disco. Estes fatores foram atribuído principalmente pela postura da coluna durante a remada.

Um outro estudo de Base et al (2008) identificou através de questionários 112 lesões em apenas 32 atletas profissionais de surf.

Além disso, ainda de acordo com este autor, atualmente o surfe tem um expressivo número de praticantes no Brasil, com aproximadamente 2,7 milhões de surfistas. A Associação Internacional de Surf estima o impressionante número de 17 milhões de praticantes distribuídos por mais de 70 países e sua indústria move cerca de 2,5 milhões de dólares anuais (Base et al, 2008). E mesmo com essa demanda há poucos estudos científicos na literatura que se preocupem em caracterizar este esporte bem como para prevenção de lesões.



Sendo assim, este estudo teve como objetivo geral analisar a flexão da coluna em surfistas profissionais durante a remada no surf. Mais especificamente objetivou-se: a) caracterizar os sujeitos em termos de idade, massa corporal (kg), estatura (m) e tempo de prática; b) verificar o nível de flexão da coluna durante a remada.

A análise temporal demonstra que a maioria dos sujeitos permaneceu com uma flexão alta até a metade do teste, no entanto praticamente todos reduziram sua flexão no final, demonstrando cansaço e/ou fadiga da musculatura.

Para amenizar e prevenir os efeitos negativos que essa postura do surf pode acarretar, o atleta deve possuir um adequado fortalecimento da cintura pélvica, principalmente da região lombar e abdominal. Para isso é necessário o acompanhamento de uma equipe de profissionais, de áreas como educação física, fisioterapia e medicina para que esta prática não desencadeie processos lesivos nos atletas (STEINMAN, 2003; CUNHA, 2005).

Referências bibliográficas


BASE, LUIZ HENRIQUE et al. Lesões em surfistas profissionais. Rev Bras Med Esporte, Ago 2007, vol.13, nº 4, p. 251-253.


CUNHA, FÁBIO DA SILVA; UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA. A importância do treinamento físico para a prática do surf competitivo. 2005. 55 f. Universidade do Estado de Santa Catarina.


STEINMAN, Joel. Surf & saúde. Florianópolis: Ed. do Autor, 2003. 528 p.
Professor Rudy
Professor de Educação Física e Free Surfer
C.R.E.F 011912-G/SP